28 de dezembro de 2010

Lunatus Ensemble Medieval

O Lunatus Ensemble Medieval:
músicos, amigos e apaixonados pela Idade Média

Por que parou? Parou por que? Às vésperas de 2011, essa é a pergunta que me faço. Anos depois da última apresentação do Lunatus Ensemble Medieval, recebi um email que me levou de volta à paixão eterna: Idade Média. O Lunatus dedicava-se a apresentar música medieval (principalmente dos sécs.XIII-XIV) com réplicas de instrumentos de época, mesclando textos e música instrumental e vocal do período. E acrescentando os improvisos e o bom humor do grupo (como dizia o Lucas, "se o Clemencic faz, vocês podem fazer").
Participar do Lunatus foi uma das experiências mais marcantes da minha vida. Por isso, minha fé no retorno do grupo só encontra paralelo na busca do reino do Preste João por Baudolino, personagem de Umberto Eco.
Surpreendentemente, descobri que parte do sítio do Lunatus persiste na internet, tal como estava em 2001. Segue a ligação para a página principal:

Fuçando o sítio, dá pra ler comentários recolhidos no período 1997-2000 e, melhor: a crítica de Gilberto Mendes sobre o grupo:

Estou retomando leituras sobre a Idade Média, na intenção declarada (e, agora, pública) de difundir a lírica medieval por aqui.

Folia de Reis

Há mais de 8 anos morando em São José dos Campos, só faltava sair numa Folia de Reis daqui pra virar joseense de vez. Por isso, o convite do pessoal do Bola de Meia, feito em São Bento do Sapucaí, foi aceito na hora, e com muita alegria. Neste finzinho de ano, passamos por cerca de 10 casas com a Folia de Reis - inclusive em São Francisco Xavier. Na noite de Natal, tocamos as músicas da Folia lá em Campinas também. E em 2011 tem mais!

Quando chega o fim do ano, tem Folia de noite...

... e de dia também, claro!

Abre a porta, pessoal! Óia a Folia de Reis aí, gente!

Folia em família... porque é bão cantá junto, né mesmo?

23 de dezembro de 2010

Artistas joseenses unidos pelo FMAC (Fundo Municipal de Arte e Cultura)

Em frente à Praça Afonso Pena, passamos a manhã de 18/dezembro coletando assinaturas para o Projeto de Lei de Iniciativa Popular que cria o FMAC: Fundo Municipal para Arte e Cultura. Na ocasião, foi feito o lançamento (e distribuição) do cordel joseense "Cultura pra Todo Mundo", que explica a importância do FMAC em linguagem acessível a todos.

 O mote: hoje os artistas é que pedem seu autógrafo

Mobilização tem que ter cantoria também - sempre!

Sagrado - Dança, música e afeto

Neste dezembro repleto de alegrias, uma das maiores foi o reencontro com o pessoal da Academia Sueli Maia. A Dança consegue ser profunda e leve... e acho que isso é Sagrado. Assim como é Sagrado compartilhar momentos com gente como Dani, Dri, Tamara, Sueli...

Amigos unidos através da arte: dança, texto, música...
e, mais que tudo, afeto

22 de dezembro de 2010

BãoCantá - Dezembro na Creche

Foi em pleno dia de semana, à tarde, que o BãoCantá foi visitar as crianças da Creche Patronato, próximo ao centro de São José dos Campos. Antes da apresentação musical, umas adivinhas pra esquentar... Depois, cantoria!

"Êta que é bão cantá mesmo...!"

A dupla - de roupa social, claro!

 Ciranda é sempre bom pra levantar a turma...

... e terminar no maior alto astral! FELIZ NATAL!

21 de dezembro de 2010

Vila Rhodia

Celebrando a parceria com os Velhus Novatus, o BãoCantá se apresentou na segunda Tarde Cultural...
o cartaz foi uma surpresa boa que o Wangy preparou, a partir do desenho de uma criança que viu o BãoCantá na primeira Tarde Cultural. Valeu, criançada! Valeu, Wangy!



17 de dezembro de 2010

Sagrado - Dança e música

Sexta (17) e sábado (18), entre uma série e outra das coreografias da Sueli Maia, farei um pouco de música ao piano. É sempre uma grande alegria (renovada há vários anos) participar dos trabalhos da Sueli (e Dani, e turma). Toco o que flui na hora, buscando a sintonia com o espetáculo. Apareçam!

14 de dezembro de 2010

Cantando no Campo dos Alemães - 2

Foi uma experiência “Rock and Roll”, no sentido da energia pura - curti muito!

 De um lado...

... pro outro...

 - Algum pedido?

A plateia participa...

... e o cordão vai ganhando força...

- Valeu, criançada!


P.S.: Cris, obrigado pelas (quase 80) fotos, foi até difícil escolher... valeu!

Cantando no Campo dos Alemães - 1

O ano de 2010 tem sido cheio de experiências boas e marcantes. Mas cantar na MAIOR creche da América Latina, a Creche do Campo dos Alemães, em SJC, foi realmente maravilhoso!

 Começamos na sala de aula da prof. Cris...

O pessoal cantou, fez pedidos e até ensinou músicas...

- Legal, pessoal! Agora vamos juntar a turma lá no pátio!

11 de dezembro de 2010

10 de dezembro de 2010

Pensando Literatura (e Arte em geral)

A seguir, mais um texto editado de uma correspondência literária recente:

(...)

   Há que se concordar: tudo o que cada um de nós pensa é resultado do tempo vivido - e, mais que isso, das experiências vividas (tem gente que vive muito mas tem pouca experiência). O que isso gera? A meu ver, gera "opinião pessoal" mesmo, uma vez que toda experiência é uma vivência pessoal em última análise. 

   Quanto a circunscrever um gênio a uma época determinada, os exemplos respondem mais que qualquer discurso. Da Vinci foi, a meu ver, um desses gênios capazes de transcender sua época. Shakespeare foi outro, tanto que mais de 400 anos depois ainda é um dos autores mais encenados do mundo. Há vários outros exemplos - em diferentes campos, o que é um alento pra todos nós, creio.  Nas artes plásticas, podemos lembrar Salvador Dali, em pleno século XX, mergulhando no universo medieval de Bosch. E, pra não deixar de falar na paixão nacional: penso no futebol brasileiro e penso em Pelé, "avô" de Robinho e Neymar. E por aí vai... 

   A reapresentação de um clássico pode ser simplesmente "repisar terreno seguro", mas também pode ser "inovar a partir do que já foi feito". Um exemplo muito feliz é o do Grupo Galpão, de BH, mostrando (inclusive em palco inglês) como se pode fazer Romeu e Julieta no século XXI. 

   Quanto à paixão de "alguns poetas" pela era medieval, não cabe a Freud explicar... Realmente, como explicar que alguns dos maiores poetas concretistas brasileiros, os respeitadíssimos irmãos Campos, passaram a se dedicar (apaixonadamente) ao estudo e tradução de textos medievais? Ah, eles já deram a pista: trata-se de encantamento - e de perceber inovação e modernidade nessas obras de tempos idos. 

   Nesse contexto criativo, discutir o que é novo e o que não é me parece mesmo secundário. É simples: o novo, como o antigo, pode ser bom ou ruim.

   Ainda na literatura: alguns pesquisadores afimam que, em pleno século XXI, os escritores de cordel (manifestação de cultura popular que no Brasil remonta ao século XIX) ainda se nutrem do imaginário/fabulário medieval para criar obras interessantíssimas. Por que será?

   Acho que, do fundo de sua sabedoria popular, os cordelistas apaixonados por histórias medievais são capazes de perceber que não há "mil anos luz de distância" entre os dias de hoje e os de mil anos atrás.

   Saudações medievais, ainda que profundamente imersas neste século XXI,

                                Paulo Barja

7 de dezembro de 2010

BANQUETE

A seguir, um poema encontrado no baú - e que descobri ter sido feito no meu aniversário de 26 anos, em SP.



Desenho tua silhueta
Com a ponta dos meus dedos
As mãos em forma de concha
Esculpem teu corpo inteiro
E me perco em devaneios,
Sensações, anseios, sonhos...
Tudo que fizemos, fomos,
Todos aqueles que amamos,
Tudo, enfim, que conhecemos
Seja pouco ou nada agora.
Brindemos ao nosso tempo !
Vivamos a nossa hora !

Correspondência literária

Publico abaixo parte de um texto de minha autoria produzido após uma “provocação” que muito agradeço – é assim que a roda gira.  Está na forma de tópicos para facilitar a compreensão de quem entrar na roda.

(...)
MODERNISMO – A Semana da Arte Moderna de 22 teve coisas boas e merda também, como quase qualquer movimento (veja que o "quase" é importante, me esquivo de generalizar). No que se refere a "São José dos Campos não ter chegado a 1922", na verdade quem vive e escreve por aqui já sabe que a questão não é essa... é mais prosaica até: queremos é mostrar que existe vida literária PÓS-Cassiano Ricardo por aqui. Tenho um poema recente sobre isso que até gostaria de compartilhar qualquer hora com os amigos de letras, mas está escrito numa forma antiga - crime premeditado, ok?
SONETO - O soneto é uma forma literária que tem cerca de 700 anos; assim, é a forma por excelência tanto dos retrógrados como dos modernos DE VERDADE: sim, falo dos realmente corajosos - alguém que se proponha a utilizar uma forma medieval (“dantesca” inclusive, podemos dizer), ainda por cima bastante rígida, pra dizer algo novo, merece atenção...
 HAIKAI - Bashô, considerado o "pai" da forma poética haikai, viveu no século XVII. Isso não impediu o GRANDE (opinião minha e de muitos outros) Paulo Leminski de adotar (apaixonadamente) esta forma poética também secular - e o legal é que ele é considerado por muita gente como VANGUARDISTA. Essas pessoas não estão erradas, se considerarmos a contribuição de Leminski ao haikai brasileiro (foi talvez o nosso Bashô tupiniquim). Outras pessoas dizem que o Leminski foi MARGINAL - mesmo adotando uma forma poética tão antiga... e quem sabe um pouco da vida do cara entende também esse ponto de vista;
 VANGUARDA? - O que os concretistas faziam há 60 anos não pode ser considerado por nenhum de nós, hoje, como vanguarda – ok! Mas tem muita coisa boa ali (é aquela história, tem o bom e tem o ruim que pega carona);
SARAUS MEDIEVAIS - Meu profundo agradecimento pela expressão “saraus medievais"... é um sonho antigo, que tenho esperança de realizar por aqui. Esse ano, na Cia Bola de Meia e no Espaço Cultural Flávio Craveiro, realmente levei poesia medieval pra roda. Assumo o crime! Isso vem da imensa paixão por Idade Média, que dá vontade de compartilhar com todo mundo o tanto de coisa incrível que se fez há 800 anos. (...) Termino com as palavras que há mais de 10 anos uso na correspondência com outros apaixonados por Idade Média:
Saudações medievais,
                          Paulo Barja

5 de dezembro de 2010

Homenagem numérica

Para Leminski (e Dailor)

Observe e comprove:
conforme o ponto de vista,
o 6 vira 9

2 de dezembro de 2010

Programação Cultural em Jacareí - Teatro Tecelagem

Daqui a pouco, o Cabaré da Cidade inaugura a Programação Especial de Dezembro do Teatro Tecelagem, em Jacareí. Vai rolar bastante coisa boa, cliquem na imagem abaixo pra conferir. Prestigiem!